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O MEIO É A MENSAGEM

  • Foto do escritor: Davi Benseman
    Davi Benseman
  • 3 de mar. de 2016
  • 2 min de leitura

A base para a tese de McLuhan consiste na afirmação de que o meio é uma extensão de nós mesmos. Em outras palavras, o meio existe em favor de ampliar os limites da linguagem e da expressão humana, como uma extensão para o nosso corpo, mente e sentidos. O canal, ou tecnologia em que a comunicação se estabelece, constitui uma forma e estrutura comunicativa que determina o conteúdo da mensagem.

A estrutura do meio, desde sua concepção, desenvolveu--se em três fases fundamentais: Na sociedade tribal, o meio era o domínio exclusivo da voz, na forma oral mais primitiva. Durante o período - intitulado por McLuhan - Galáxia de Gutenberg, o meio era dominado pela escrita e pela imprensa caracterizada pela valorização do olhar. Por último, a Galáxia de Marconi dominada pela mídia eletrônica, em que a comunicação global envolve toda uma gama sensitiva dos mais variados tipos de expressão e comunicação. Reconhece-se a evolução da influência do meio de comunicação na disseminação do conhecimento através a sociedade, e como seu processo de individualização social manipula, escancara e omite o que quiser quando quer. Fazendo com que o estudo sobre as características de cada meio tomasse importância no eixo antropológico.

A primeira distinção entre os meios de comunicação é feita pela capacidade de estimular o máximo de sentidos e emoções humanas, classificando-as

pela metáfora da temperatura: Os meios Quentes são reconhecidos pelo seu estado de alta saturação e densidade de informações e emoções. O cinema é quente; a fotografia é quente; o rádio é quente; o livro é quente. Já os meios Frios, instigam vários sentidos humanos simultâneos, em baixa saturação de dados, permitindo maior interação com o meio de comunicação. O telefone é frio; a televisão é fria etc. Caracterizados pela alta quantidade de dados e apelo sensitivo, os meios híbridos permitem uma grande interação do indivíduo com o meio.

Para McLuhan, a eletricidade torna-se especificamente elementar para sustentar o meio, na medida em que ela é um “meio sem mensagem” ou até mesmo uma “informação em estado bruto”. A eletricidade revolucionou toda a nossa existência nos levando a ampliar nossos limites de espaço e tempo. Através da afirmação de McLuhan, torna-se perceptível em sua retórica, a camada ideológica em que concretiza seu conceito. Priorizando o meio como principal fonte de estudo, nunca focando nos efeitos ou conteúdo da mensagem, concluindo que o conteúdo de um meio é sempre outro meio. O conteúdo do cinema é a fotografia, o do livro é a escrita. Os efeitos midiáticos transcorrem nos níveis sensitivos primários, sinestesicamente rasos; nunca ocorrem na dimensão intelectual, de opiniões e conceitos.

A evolução dos meios de comunicação pode ser considerada como principal causa para toda a evolução humana durante a história, levado em consideração a sua forma, habitualmente, como um “determinista tecnológico”.


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